A pessoa que cresce num lar em que as suas NECESSIDADES EMOCIONAIS NÃO SÃO SATISFEITAS, que talvez tenha experienciado o ABANDONO EMOCIONAL e aprendido que para poder ser vista e acolhida TEM DE PROVAR O SEU VALOR, é tipicamente atraída por parcerias que necessitem de ser cuidadas ou salvas.
Se enquanto crescias tiveste de atender às necessidades emocionais das tuas figuras cuidadoras (pais, avós etc.), prestando-lhes cuidados, nutrindo-os, encarregando-te deles (ou mesmo de irmãos, assumindo assim um papel parental – quando essa não é responsabilidade tua) –, é muito provável que tenhas aprendido, de forma inconsciente, que PARA SERES AMADO/A PRECISAS DE PROVAR O TEU VALOR.
Quando aprendes que a forma de te relacionares através de provar o teu valor é cuidando, salvando, resgatando os outros, também aprendes a DEIXAR AS TUAS NECESSIDADES EMOCIONAIS PARA ÚLTIMO e a não te priorizares na vida.
Para pessoas com este perfil de funcionamento, ser necessitada é básico para sentir e provar o seu valor e, portanto, ela escolherá, no seu contexto, parcerias, chefes, amizades e ocupações que NECESSITAM DELA, PARA QUE ELA POSSA CONTINUAR NA CONSTANTE DE PROVAR-SE A SI MESMA QUE É SUFICIENTE, levando-a a ser complacente e sacrificada pelos demais.
Esta dinâmica tem como consequência que vivas uma vida que não é verdadeiramente tua, que NÃO TE DÊS O DEVIDO PROTAGONISMO na tua própria história, que o foco da tua energia não esteja em satisfazer as tuas necessidades emocionais, mas sim que a de outros, ativando o teu MODO DE SOBREVIVÊNCIA, sentindo cansaço, esgotamento e até ressentimento pelas pessoas.
Não é a tua função seres o centro de reabilitação dos demais, e muito menos a custo do teu próprio bem-estar emocional. Reconhecer que é hora de te permitires ser conduzido/a, acompanhado/a e sustido/a é o PRIMEIRO PASSO PARA CURAR a tua capacidade de auto-valorização. Se estás preparado/a para descobrir como reconectar com o teu sentido de mérito e de autossuficiência, parabéns: chegaste à CresSendo.
Com estima,
Carlos Marinho
Comentários
Enviar um comentário