Um coração quebrado cura-se reparando a relação que mantemos conosco mesmos/as, porque na maioria das vezes, a pessoa por quem sentimos mais dor não é a outra, mas sim a versão de nós mesmos/as que acolheu as ilusões relativas à parceria com alguém que já lá não está.
Se essa relação foi tóxica, provavelmente abandonaste-te ou traíste-te a ti mesmo/a mais do que uma vez pela outra pessoa, daí a importância de começares a curar a rutura, reparando a relação com a tua ‘criança interna’ que não se sentiu vista nem acolhida durante essa relação.
A importância de curar uma rutura amorosa radica em reconheceres as aprendizagens colhidas e poderes, ainda que no meio do caos, criares uma nova ordem interna, aprendendo a amar-te, honrar-te e a consolar-te, validando o teu luto e as emoções que acompanham este processo.
Ao invés de evitar, recusar ou anestesiar a dor da rutura, o desafio está em abraçá-la e fazer de te reconectares a partes tuas – que esqueceste ou negligenciaste – um novo propósito de vida.
A satisfação de trabalhares em ti, no teu autoconhecimento e na tua autoconfiança reflete-se quando após a rutura, encontras em ti recursos suficientes para redimensionar e retrilhar o percurso da tua vida sem essa pessoa.
A relação que tanto procuras com uma parceria COMEÇA EM TI. Se realmente queres acolher uma parceria emocionalmente responsável, deves primeiramente ser o reflexo desse compromisso contigo mesmo/a. Se não cuidas de ti e não és coerente com o teu amor próprio, não poderás ensinar a outra pessoa a amar-te desde uma postura respeitadora.
Cultivar um amor saudável em parceria começa por entenderes como as tuas feridas emocionais se ativam nas tuas relações e como poderás cuidar de ti sem projetar os teus medos na outra pessoa, para que assim cultives uma relação desde o teu merecimento e não desde as tuas feridas.
Com estima,
Carlos Marinho
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