Para que isto ocorra é necessário que POSSAS RECONHECER AS TUAS FERIDAS e que te permitas SER VULNERÁVEL E TRANSPARENTE com a tua parceria no que toca às tuas necessidades emocionais. Não podes fugir a isto. Este ato de intimidade emocional vai requerer que ambas as partes estejam comprometidas na construção de um espaço seguro, e todo o processo de construção incluirá incómodos e cedências que se não forem capazes de articular em equipa, não funcionará.
Este nível de intimidade emocional cultiva-se e desenvolve-se por meio da INTELIGÊNCIA EMOCIONAL e o trabalho interior de ambas as partes. Esta é a diferença entre ter uma relação vazia e disfuncional, e ter uma relação segura que te foque no crescimento diário, por muito incómodo que por vezes seja.
Se hoje não tens uma relação assim é talvez porque ainda não te tenhas permitido conhecer as tuas feridas, carências e necessidades, o que impede que possas comunicar e definir o que realmente queres para uma relação.
As relações seguras e conscientes não te pedirão que te abandones a ti mesmo/a, nem pela relação nem pela outra pessoa. Pelo contrário, motivará cada um/a a fazer o seu trabalho de reconhecimento da própria BAGAGEM EMOCIONAL e o muito que dela possa prejudicar a relação. Assim ambos devem ser RESPONSÁVEIS PELA SUA PRÓPRIA CURA EMOCIONAL.
Não há nada mais atrativo para o nosso sistema nervoso e para a cura da nossa ‘criança interior’ do que a constância. Uma relação que esteja apenas baseada na ‘química’ tende a estar relacionada com feridas emocionais profundas, guardadas no sistema nervoso, levando-te a confundir amor com trauma.
Se cresceste num lar onde a constância se fazia escassa, é provável que te sintas inseguro/a, não valorizado/a, não escutado/a ou invalidado/a. É muito provável que tenhas ‘normalizado’ deixar a constância em segundo plano, o que te levará a repetir esse padrão com as tuas relações adultas, acolhendo pessoas cujas condutas imaturas apenas abrem mais as tuas feridas.
Sabe mais em consultório,
Com estima,
Carlos Marinho
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