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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2024

DE CUIDADORA A CUIDADA: ATREVES-TE?

Uma mulher que está alinhada com a sua energia feminina, e capaz de nutrir a sua 'criança interior' desde a autovalidação e segurança interna, sabe que procurar a aprovação, a validação e a atenção externas apenas a leva a distrair-se, a fugir de si mesma, e dos compromissos que tem para consigo, fazendo-a sentir-se vazia, esgotada e ressentida. As mulheres são educadas para se tornarem cuidadoras, devotas aos demais, nutrindo e atendendo os que as rodeiam, deixando de lado o autocuidado, o atenderem-se e honrarem-se a elas próprias primeiro.  A este nível, muitas das dificuldades enfrentadas em parceria não têm tanto que ver com a outra pessoa, mas sim com o ponto a partir do qual nos estamos a relacionar com ela. Hoje em dia, a mulher vive num estado absoluto de sobrevivência, com um foco excessivamente centrado na exterioridade, procurando a aprovação constante das suas parcerias, idealizando as pessoas que chegam à sua vida, confundindo amor com o desejo de serem necessitad...

TUDO SOBRE FERIDAS EMOCIONAIS DE INFÂNCIA

FERIDAS EMOCIONAIS DA INFÂNCIA: O QUE SÃO E COMO NOS IMPACTAM?  A Patrícia está sempre a comparar-se aos outros. Acha-se inútil e desinteressante. Tem pouca autoconfiança e uma muito baixa autoestima, desde adolescente. Vive refém do medo de ser abandonada, apega-se em demasia aos amigos e, principalmente, ao seu parceiro. A experiência de ciúmes é constante. Assume que qualquer outra mulher é muito mais bonita e mais cativante do que ela. Não descansa enquanto não souber o que o seu parceiro faz, controla-lhe o telemóvel, persegue-lhe as colegas de trabalho, e acompanha-o em todos os movimentos. " Faço isso para que ele não me troque por outra pessoa " justifica. Ansiedade, angústia, medo e desconfiança tomam conta da sua vida há muito tempo. Mas estas emoções são apenas a ponta do iceberg, e o sintoma de um problema maior, oculto abaixo da linha de água - ali, onde em terapia encontramos as suas  feridas emocionais . [Quando cais e te magoas, podes imediatamente ver a ferid...

A FERIDA MATERNA E O 'FEMININO SAGRADO'

Para te reconectares com a tua ENERGIA FEMININA deves primeiro sarar o vínculo ferido com a tua MÃE.  O vínculo com a tua mãe é a primeira conexão com a tua energia feminina. Se este vínculo estiver ferido e repassado de dor, vergonha, rejeição, abandono e humilhação, é muito provável que estejas desconectada do teu 'FEMININO SAGRADO'.  Sarar o vínculo com a tua mãe nada tem que ver com a interação (dimensão física da relação) que tenhas com ela, mas sim com o ato de sarar e ressignificar a interpretação interna e as feridas que levas dentro devido à forma como ela te tratou.  A conexão com a mãe foi a primeira conexão que tiveste na vida - a abundância, a nutrição e o autocuidado: se alguma vez te sentiste descuidada ou desvalorizada pela tua mãe, é muito provável que a tua autoestima e os teus hábitos de autocuidado estejam deteriorados.  Conectares-te com a tua energia feminina traduz-se no SERES PARA TI MESMA A BOA MÃE QUE A MÃE NÃO FOI CONTIGO - já que amam...

A MENINA QUE NÃO ERA SUFICIENTE

Por detrás de “ uma mulher viciada em fazer muito para mostrar o seu valor ” encontra-se uma criança ferida que só se sentiu vista quando era 'a melhor' ou sobressaía em algo. Se hoje, como mulher adulta… ...sentes dificuldades em parar e simplesmente não fazer nada; ...não consegues conectar com o relaxamento e o ócio; ...te centras no reconhecimento laboral, mesmo a expensas da tua saúde, das tuas relações e/ou do teu bem-estar emocional; ...és perfeccionista, e exigente contigo mesma; ...te incomoda a calma e a quietude; ...sentes medo de não fazeres o suficiente; ...te custa descansar e não ser ‘produtiva’, culpando-te por não estares a mostrar serviço; ...te comparas constantemente aos outros, e aos resultados que eles atingem... …então, dentro de ti, há uma criança ferida que aprendeu que para receber amor e aprovação das suas figuras cuidadoras (ex.: pais) deve esforçar-se e sobressair, entendendo que não há espaço para o brincar, o descanso, o relaxamento e o prazer. Al...

O MANUAL CONJUGAL (QUE NINGUÉM TE ENSINOU)

Este manual salva relações. Não acreditas? Pois muitas das feridas causadas pela ignorância emocional podem agora, em potência, ser evitadas. Daí que um dos compromissos mais importantes da minha prática clínica seja a promoção da educação emocional. Só assim poderemos cultivar relações saudáveis, baseadas no autoconhecimento e na segurança interior.   A verdade é que muitos/as de nós não estamos familiarizados/as com estes conceitos - e tudo bem. Porém, também é da nossa responsabilidade adquirirmos as ferramentas necessárias se realmente queremos construir relações em que nos sintamos felizes, amados/as e apoiados/as.  Tendemos a culpar a relação, as nossas ex-parcerias ou as circunstâncias, e raramente assumimos a responsabilidade de reconhecer que, se tivéssemos acesso a estas ferramentas, talvez a relação tivesse podido perdurar. Talvez as discussões se tivessem resolvido, e juntos/as, em parceria e como equipa, as dificuldades se tivessem superado. Espero que alguma...

AS FERIDAS DE INFÂNCIA NA PARENTALIDADE: DAR O QUE NÃO SE TEM... DÓI!

Pouco se fala de quão desafiador é educares uma criança quando tens feridas de infância profundas. Quando temos que 'encher o copo' de outras pessoas, neste caso pequenos seres de enorme fragilidade e carência amorosa, mas o teu reservatório está vazio, estarás a dar desde um lugar de sacrifício, gerando uma grande dívida emocional para contigo mesmo/a.   As crianças aprendem por neurónios-espelho: não se trata apenas de criá-las de forma consciente. A educação consciente é bidirecional. Não poderás ser um/a pai/mãe consciente com os teus filhos/as se não fores uma mãe consciente contigo mesmo/a primeiro. Na minha prática clínica trabalho com filhos adultos que estão em processo de cura das suas feridas de infância, e não infrequentemente, ouço frases como: " Tive uma mãe muito boa, mas que nunca se cuidava a ela mesma " " Tive uma mãe carinhosa, mas deixava-se maltratar por outros " " Tive uma mãe que fazia muitos sacrifícios, mas via como a minha avó ...

O CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS COMO SINTOMA

Não há sociedade que não tenha criado os seus mecanismos de escape à cinzentude e dureza da realidade quotidiana. No dizer de Freud, não é possível enfrentar a realidade sem algum tipo de fuga, seja através de estados de embriaguez, seja através da fantasia, ou de outros vícios (como o jogo). Mas se estamos imaginariamente a melhorar a realidade a nosso favor, a tentar torná-la mais aceitável, ou a modificar-nos para aguentá-la, por que é que algumas pessoas mantém o equilíbrio a enfrentar a realidade “tal como ela é”, a seco, e outras não conseguem o equilíbrio sem a ajuda de algum tipo de aditivo – como os psicóticos que partem para o mundo da fantasia, ou os alcoólatras, ou os toxicómanos? Por que é que o escapismo só se torna um vício para alguns? Não existe um tipo clínico único de toxicómano: cada um envereda e intoxica-se por motivos particulares. A toxicomania, em si mesma, não é uma doença, mas sim um sintoma – um sintoma que pode estar a tentar resolver problemas diferentes...

BOA FILHA OU BOA MÃE?

A maternidade oferece um promissor convite ao teu crescimento pessoal e individual, já que deixas para trás papéis e funções antigas, abrindo-te a outras novas. Para que te possas harmonizar com o papel de ‘boa mãe’ terás de fazer o luto e soltar o de ‘boa filha’, uma vez que ambos tendem a não ser compatíveis entre si. Quando passas a tua infância, e até mesmo parte da tua vida adulta, a tentar agradar e as satisfazer as expectativas dos teus pais, especialmente da tua mãe – fazendo todo o possível para não incomodá-la, não aborrecê-la –, traindo-te a ti para assegurares o papel de ‘boa filha’, é muito provável que a tua experiência de maternidade te divida num conflito de lealdades, e te faça deparar com uma encruzilhada em que tens de decidir a quem queres honrar. E dessa decisão resultará o exemplo que darás aos teus filhos/as.  À medida que as crianças crescem, vão configurando o seu sistema nervoso e o seu sistema relacional de acordo com o nível de segurança emocional da mãe...