Este Mecanismo é descrito por Freud desde 1894, e consiste em separar a representação incómoda do afeto que lhe está associado. No isolamento, o paciente não esquece os traumas patogénicos, mas perde o rastro das ligações e o significado emocional original. Os fatos importantes da sua vida (e que podem ter um forte teor patogénico) perdem o significado afetivo, são isolados da sua carga emotiva.
Constitui uma forma de resistência frequentemente observada no tratamento psicológico, por interrupção defensiva do processo associativo, quando se põem em evidência elementos angustiantes para a pessoa.
Há casos em que a pessoa tenta impedir todo o efeito psicoterapêutico, realizando-a toda ela “isolada”. O paciente aceita a análise enquanto está no consultório, mas ela permanece isolada do resto da vida. Há sujeitos que começam e terminam a entrevista com rituais que se destinam a isolá-la do que ocorre antes e depois.
Um tipo de isolamento que ocorre com muita frequência na nossa cultura é o dos componentes sensuais e amorosos da sexualidade. Muitas pessoas não conseguem obter satisfação sexual plena porque só são capazes de gozar a sensualidade por pessoas pelas quais não sentem amor, ou até com pessoas que desprezam.
Conheça o próximo amanhã...
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