Avançar para o conteúdo principal

POR QUE REPETIMOS PADRÕES TÓXICOS NAS NOSSAS RELAÇÕES?

POR QUE REPETIMOS PADRÕES TÓXICOS NAS NOSSAS RELAÇÕES?

Escolhemos companheiros/as / vínculos que recriam as dinâmicas inconscientes que aprendemos sobre o amor, a intimidade, e a ligação com a nossa infância. Os padrões são uma forma inconsciente de recriar dinâmicas nas quais a nossa criança interior foi profundamente ferida, procurando formas de sarar essas feridas. O trabalho de cura interior passa então por validarmos o nosso passado, procurando as peças em falta para concretizar, no presente, uma transformação autêntica, para estarmos em PAZ conosco mesmos/as e, consequentemente, como o/a nosso/a companheiro/a.  

As escolhas relacionais que fazemos são influenciadas pelas nossas primeiras experiências junto das figuras cuidadoras (tipicamente os pais). Estas referências marcam uma certa pauta de atuação baseada tanto na forma como nos tratavam a nos, e também como se tratavam entre eles/as. 

Sentimo-nos atraídos/as por pessoas que ressoam com a informação que arquivamos no nosso inconsciente, uma vez que elas nos ajudarāo - para o bem e para o mal - a recriar as dinâmicas que nos são familiares, e também a confirmar as nossas crenças sobre o que esperar e merecer de uma relação amorosa. Isto acontece porque para o nosso cérebro e sistema nervoso, o 'familiar/conhecido' é assumido como o "correto" - ainda que seja disfuncional ou doentio.

Se queres identificar e compreender melhor as tuas crenças sobre o amor, pensa nas relações que já tiveste, e na relação em que estás agora: as tuas crenças condicionam as tuas decisões e comportamentos.   

EXEMPLO 1:

Se escolhemos companheiros/as que são inconstantes ou irresponsáveis conosco ou com a relação, é provável que a nossa 'criança interior' se tenha sentido defraudada e que uma parte nossa acredite que o amor é inconstante e não se pode confiar nas outras pessoas. É possível que se tenha vivido alguma instabilidade e falta de compromisso por parte das figuras cuidadoras na infância. 

EXEMPLO 2:

Se escolhemos companheiros/as que não nos priorizam ou a relação, é provável que a nossa criança interior tenha uma crença de desmerecimento, sentindo-se como um fardo, sem importância, sendo possível que durante a infância não nos tenhamos sentido vistos/as como prioridade para os pais. 

EXEMPLO 3:

Se escolhemos companheiros/as que não estão disponíveis, e provável que a nossa criança interior ferida tenha crescido acreditando que o amor e a atenção são difíceis de obter, sendo necessário um trabalho esforçado para recebê-lo e que devemos exigi-lo ou pedi-lo caso contrário, não o obteremos. 

Para podermos curar os padrões repetidos nas nossas relações, é necessário sarar as feridas da nossa 'criança interior' e reconhecer as suas carências, já que é ela que está à procura, nas relações, de uma forma de reparar os danos ou compensar o que não se recebeu durante a infância.

Isto exige de nos um novo nível de consciência, já que teremos de focar-nos em mudarmos e curarmos nos próprios/as, ao invés de esperar que o/a nosso/a companheiro/a mude por nos. Para que desde a cura emocional possamos escolher se queremos ou não permanecer na relação, fazendo-o já não desde o medo, mas desde a autoconfiança. 

Se algo disto ressoar em ti então talvez estejas pronto/a para começar a sarar as feridas interiores, ainda que para isso seja imprescindível abraçar o incomodo de sair da zona de conforto e procurar ativar os recursos certos para reconectar com a tua liberdade emocional.

Com estima,
Carlos Marinho

____

¿POR QUÉ REPETIMOS PATRONES TÓXICOS EN NUESTRAS RELACIONES?

Elegimos compañer@s/vínculos que recrean las dinámicas inconscientes que aprendimos sobre el amor, la intimidad y la conexión desde nuestra infancia. Los patrones son una forma inconsciente de recrear dinámicas en las que nuestr@ ‘niñ@ interior’ resultó profundamente herido, buscando formas de sanar esas heridas. El trabajo de sanación interior pasa entonces por validar nuestro pasado, buscar las piezas que faltan para lograr, en el presente, una auténtica transformación, para estar en PAZ con nosotr@s mism@s y, en consecuencia, con nuestra(s) pareja(s).

Las elecciones relacionales que hacemos están influenciadas por nuestras primeras experiencias con los cuidadores (normalmente los padres). Estas referencias marcan un determinado patrón de actuación basado tanto en la forma en que nos trataron, como también en cómo se trataron entre sí.

Nos sentimos atraíd@s por personas que resuenan con la información que almacenamos en nuestro inconsciente, ya que nos ayudarán – para bien o para mal – a recrear las dinámicas que nos son familiares, y también a confirmar nuestras creencias sobre qué esperar y merecer de una relación amorosa. Esto sucede porque para nuestro cerebro y sistema nervioso, lo "familiar/conocido" se supone que es "correcto", incluso si es disfuncional o no saludable.
Si quieres identificar y comprender mejor tus creencias sobre el amor, piensa en las relaciones que has tenido y en la relación que mantienes ahora: tus creencias condicionan tus decisiones y comportamientos.

EJEMPLO 1:

Si elegimos parejas que son volubles o irresponsables con nosotr@s o con la relación, es probable que nuestr@ 'niñ@ interior' se haya sentido defraudado y que una parte de nosotros crea que el amor es voluble y que no se puede confiar en otras personas. Es posible que existiera cierta inestabilidad y falta de compromiso por parte de los cuidadores durante la infancia.

EJEMPLO 2:

Si elegimos parejas que no nos priorizan a nosotros ni a la relación, es probable que nuestro niño interior tenga una creencia de indignidad, sintiéndose una carga, sin importancia, y es posible que durante la infancia no nos sintiéramos vistos como una prioridad para los padres.

EJEMPLO 3:

Si elegimos parejas que no están disponibles, es probable que nuestro niño interior herido haya crecido creyendo que el amor y la atención son difíciles de obtener, que cuesta mucho trabajo recibirlos y que debemos exigirlos o pedirlos. no lo obtendrá.

Para sanar los patrones repetidos en nuestras relaciones, es necesario sanar las heridas de nuestr@ 'niñ@ interior' y reconocer sus carencias, ya que es el/la niñ@ quien busca, en las relaciones, una forma de reparar el daño o compensarlo, por lo que no se recibió durante la niñez.

Esto requiere un nuevo nivel de conciencia de nuestra parte, ya que tendremos que concentrarnos en cambiar y curarnos a nosotr@s mism@s, en lugar de esperar a que nuestra pareja cambie por nosotr@s. Para que desde la sanación emocional podamos elegir si queremos o no seguir en la relación, haciéndolo ya no desde el miedo, sino desde la confianza en un@ mism@.

Si algo de esto resuena en ti, entonces quizás estés listo para comenzar a sanar tus heridas internas, aunque para hacerlo es fundamental aceptar la incomodidad de salir de tu zona de confort y buscar activar los recursos adecuados para reconectar con tu libertad emocional.

Con estima,
Carlos Marino

Comentários

Mensagens populares deste blogue

TUDO SOBRE FERIDAS EMOCIONAIS DE INFÂNCIA

FERIDAS EMOCIONAIS DA INFÂNCIA: O QUE SÃO E COMO NOS IMPACTAM?  A Patrícia está sempre a comparar-se aos outros. Acha-se inútil e desinteressante. Tem pouca autoconfiança e uma muito baixa autoestima, desde adolescente. Vive refém do medo de ser abandonada, apega-se em demasia aos amigos e, principalmente, ao seu parceiro. A experiência de ciúmes é constante. Assume que qualquer outra mulher é muito mais bonita e mais cativante do que ela. Não descansa enquanto não souber o que o seu parceiro faz, controla-lhe o telemóvel, persegue-lhe as colegas de trabalho, e acompanha-o em todos os movimentos. " Faço isso para que ele não me troque por outra pessoa " justifica. Ansiedade, angústia, medo e desconfiança tomam conta da sua vida há muito tempo. Mas estas emoções são apenas a ponta do iceberg, e o sintoma de um problema maior, oculto abaixo da linha de água - ali, onde em terapia encontramos as suas  feridas emocionais . [Quando cais e te magoas, podes imediatamente ver a ferid...

VINCULAÇÃO: ANSIOSA, EVITANTE E DESORGANIZADA

A forma como nos relacionamos afetivamente em adulto não nasce do acaso. Resulta, em grande parte, das experiências precoces que tivemos com as nossas figuras de cuidado - geralmente pais ou cuidadores significativos. A partir dessas vivências, aprendemos o que esperar dos outros, como regular as emoções e como equilibrar a proximidade e a autonomia nas relações. Este conjunto de aprendizados, conscientes e inconscientes, forma aquilo a que a psicologia chama padrões de vinculação (ou estilos de apego). Entre os principais, destacam-se três que tendem a causar maior sofrimento relacional: vinculação evitante, vinculação ansiosa e vinculação desorganizada. Compreendê-los é o primeiro passo para criar relações mais seguras, empáticas e autênticas. VINCULAÇÃO EVITANTE: - Associada a uma real ou percebida ausência das figuras cuidadoras, durante a infância, causando uma disposição para a independência emocional; - Preferem ocultar o que sentem, e fogem às conversas incómodas; - Tende a rec...

OS CORPOS DEVEM ESTAR LOUCOS (DA RECONEXÃO COM A NOSSA 'CRIANÇA INTERIOR')

INTRO O consultório clínico é, cada vez mais, uma estufa de queixas dirigidas ao medo que a ordem social vem tendo do CORPO. É da ordem social desconfiar de tudo quanto nos aproxime da animalidade, do ingovernável, do vulnerabilizante, e da paixão sensorial. Se hoje somos muito 'cógito pensante' e muito pouco 'corpo' , é - pelo menos parcialmente - porque a sociedade nos quer 'máquinas' de produção. Entre as pressas e atropelos das tantas solicitações e responsabilidades externas (que vão desde o trabalho ao consumo desmedido das redes sociais), o tempo deve ser rentabilizado a favor da aquisição de aptidões e competências que apurem o nosso valor mercadológico. Sobra-nos pouco tempo (bolsas de oxigénio) para nós mesmos/as (se é que algum), e menos disposição para compreendermos e cuidarmos da nossa interioridade. Nessa interioridade, as emoções são percebidas como obstáculos à produtividade, levando a que sejam reprimidas e controladas. Quando uma pessoa 's...