1. O/A "Namoradeiro/a em Série": saltar constantemente de uma relação para outra, sem investir em tempo para auto-reflexão e crescimento pessoal. Este padrão pode redundar do medo/incómodo de estar sozinho/a ou de uma necessidade de validação externa.
2. O/A "Cuidador/a": atraído/a por parcerias que necessitam de alguma forma de 'cura' ou 'resgate', muitas vezes ignorando 'red flags' ou menosprezando a compatibilidade. Este padrão pode decorrer de um desejo de se sentir útil e querido/a ou de uma crença subconsciente de que o valor de alguém está associado ao papel de cuidador/a.
3. "O/A Pretendente Indisponível": ir constantemente atrás de parcerias que estão emocionalmente indisponível ou desinteressadas. Esta padrão pode refletir o medo de intimidade ou um desejo subconsciente de recriar a dinâmica de certas relações passadas e de feridas emocionais de infância.
4. "O/A Repetidor/a do Passado": escolher parcerias que se assemelham a relações falhadas do passado, ou que repetem os mesmos padrões de conflito e de insatisfação. Este padrão pode ser influenciado por feridas emocionais não devidamente tratadas, ou uma certa relutância em sair da própria zona de conforto.
5. "O/A Evitante Temeroso/a": alternar entre conexões intensas e afastar depois as parcerias para manter uma certa distância emocional. Este padrão resulta muitas vezes do medo de rejeição ou abandono, levando à dificuldade em formar conexões estáveis e seguras.
É exaustivo estarmos constantemente a tropeçar nas mesmas situações relacionais. Queremos algo REAL, mas acabamos por ceder às velhas fontes de atração que sempre conhecemos. O problema afeto a estes padrões é o de que os repetimos tão frequentemente que acabamos por crer que não existem alternativas. Um dos motivos pelo quais isto acontece encontramo-lo nas feridas emocionais de infância não resolvidas.
Estavam as nossas figuras cuidadoras disponíveis para nós? Atendiam às nossas necessidades? Pressionavam-nos em demasia? Exigiam muito de nós? Os limites eram claros ou difusos? Tivemos de ser adultos/as quando éramos ainda crianças? Eram consistentes no seu amor por nós? Tínhamos espaço para estar nas nossas emoções e validá-las? A lista é interminável.
Como adultos/as, iremos subconscientemente ser atraídos/as pelo que sentimos como familiar/conhecido, mesmo que não seja isso que procuremos. Desafiar estes padrões e curar as feridas internas pode libertar-nos destes loops autolimitantes e criar espaço para que relações mais saudáveis e preenchedoras possam desabrochar.
Com estima,
Carlos Marinho
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