Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de 2025

AUTOCUIDADOS: O SEGREDO DA AUTO-ESTIMA

Autocuidados: O Segredo da Auto-Estima: Quando algo é valioso para nós, cuidamos dele. Se é uma pessoa especial, damos-lhe atenção; se é um projeto importante, dedicamos-lhe energia; se é um objeto frágil, protegemo-lo. O mesmo deveria acontecer connosco: quando nos vemos com valor, cuidamos de nós. Mas… e quando a autoestima é baixa? Como podemos sentir-nos valiosos/as? A autoestima não nasce do nada: treina-se, pratica-se e fortalece-se. E existe um “truque alquímico” dentro de nós: não é só o valor que gera cuidado, também o ato de cuidar aumenta o nosso valor. Ou seja, quando nos tratamos com carinho e prioridade, começamos a sentir-nos mais importantes. Como dizia Saint-Exupéry: “ Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante ”. Assim acontece connosco: ao cuidarmos de nós, estamos a dizer ao inconsciente que temos valor. O que são Autocuidados? Chamamos autocuidados às ações, práticas e estratégias conscientes que adotamos diariamente para fortalecer o bem-estar, ...

TEMOS DE FALAR DE SUICÍDIO: NORMALIZEM PEDIR AJUDA!

Normalizar o Pedido de Ajuda é o Caminho para a Prevenção do Suicídio  * 1. Alerta em Portugal: Suicídio em Números Alarmantes O que faz com que a vida mereça ser vivida? E o que faz com que não mereça sê-lo? “Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida, é responder a uma questão fundamental”. Na introdução de O Mito de Sísifo, Albert Camus obriga-nos a encarar estas interrogativas com inescapável franqueza. Mas a reflexão adquire uma urgência particular quando confrontada com a alarmante realidade dos números. O suicídio é, há vários anos, uma das principais causas de morte externa em Portugal, ultrapassando os acidentes de viação. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1000 pessoas morrem por suicídio todos os anos no país - o que corresponde, em média, a três vidas perdidas todos os dias. Por trás destas estatísticas estão histórias interr...

GHOSTING

O fenómeno do  ghosting  - o comportamento de uma pessoa que interrompe, de forma súbita e sem qualquer justificação, toda a comunicação com outra - tem-se tornado uma forma cada vez mais comum de terminar vínculos nas relações afetivas contemporâneas, especialmente no contexto das redes sociais e dating apps . Apesar de parecer recente, trata-se de uma expressão contemporânea de dinâmicas subjectivas profundas e recorrentes nas estruturas psíquicas. Saibamos mais... Sintoma de uma 'Cultura Líquida' A sociedade actual, marcada pelo consumo imediato e pela rápida prescindibilidade dos vínculos, oferece terreno fértil para comportamentos como o ghosting .  Zygmunt Bauman  (2003) descreveu as relações contemporâneas como “ líquidas ”, ou seja, frágeis, fugidias e facilmente descartáveis. Neste contexto, o ghosting surge como sintoma de um coletivo que prioriza o prazer imediato, e evita o desconforto da frustração, do conflito ou a dor do Outro, e a inevitável complexi...

90% DOS CASAIS TERMINA AQUI

A maioria das relações de intimidade amorosa passa por TRÊS ETAPAS , e 90% dos casais termina na segunda delas.  1a Etapa: ENAMORAMENTO:   é a etapa das " lentes cor de rosa " em que a novidade e a compatibilidade fazem com que se segregem grandes quantidades de dopamina e feniletilamina, que nos fazem idealizar a figura amada (e vê-la de forma distorcida). O casal sente desejo de proximidade, diverte-se e não discute, porque o nível de compromisso é baixo .  2a Etapa: DECEÇÃO:   é a etapa em que se nos cai a máscara e deixamos que venham à superfície os traços reativos da nossa personalidade. O compromisso aumenta e surge o "verdadeiro eu" das pessoas : à superfície, chegam as suas  feridas emocionais , os seus medos, inseguranças, o seu estilo de vinculação, e os seus hábitos emocionais destrutivos. Há bons momentos na relação, mas nesta etapa começam os ciclos de discussões que se repetem, uma e outra vez. É nesta etapa que a maioria das relações termina...

Entrar na Universidade: Quando Sentir-se Perdido/a é Parte do Caminho

Entrar na universidade é um dos grandes marcos da vida. Para muitos, é a concretização de um sonho; para outros, o início de um percurso ainda incerto . Independentemente da forma como cada pessoa vive este momento, há algo que é comum a muitos: a sensação de confusão, dúvida, medo, inseguranças, ou até desorientação . E sim, isso é perfeitamente normal. Estás a dar os primeiros passos num mundo novo . Novas rotinas, novas amizades, novas responsabilidades - e, muitas vezes,  longe de casa  e da rede de apoio habitual. É natural que surjam perguntas como: S erá que escolhi o curso certo? Será que vou conseguir acompanhar? E se não me adaptar? Estas questões não são sinal de fraqueza, mas de consciência. Mostram que estás a levar este momento a sério. Do ponto de vista psicológico, sabemos que as fases de transição - como esta - são frequentemente acompanhadas de desconforto e insegurança . Mas isso não significa que algo esteja errado contigo. Significa apenas que estás a cr...

A SAÍDA DA CASA DOS PAIS E O DILEMA DA DIFERENCIAÇÃO DO 'EU' EM RELAÇÃO À MASSA FAMILIAR

Não raro, as pessoas que mostram dificuldade em dar início a uma vida independente dos pais, queixam-se da falta de desenvolvimento e autonomia de pensamento, da falta de sentimento e ação, da incapacidade para enfrentar desafios e aproveitar todos os seus potenciais, do sofrimento, das dificuldades de se encontrarem no mundo, do sentimento de inutilidade e insignificância, da dificuldade em estabelecer relações duradouras. A diferenciação proporciona a possibilidade de deixarmos a casa da família, e o mundo da infância, não só fisicamente, mas também emocionalmente. É a capacidade de existirmos como pessoa, de termos vida mental própria, de termos opiniões próprias, sentimentos, desejos, sonhos próprios, saber defendê-los e celebrá-los. Significa viver por conta, em liberdade e com o sentimento de responsabilidade. É a capacidade de reformular a relação com os pais, para que se possam desenvolver algumas normas de apoio mútuo. Talvez algumas pessoas nunca venham a sair de casa. Há que...