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O MEU PAI NUNCA ME DISSE: "EU AMO-TE"

O meu pai daria a vida por mim, mas… …não era capaz de cuidar dele próprio para poder cuidar de mim. O meu pai daria a vida por mim, mas… …não me dava carinho. O meu pai daria a vida por mim, mas… …criticava tudo o que eu fazia, fazendo-me sentir inútil. O meu pai daria a vida por mim, mas… …chamava-me de 'egoísta' se o que eu quisesse fosse diferente do que ele pretendesse.  O meu pai daria a vida por mim, mas… …realmente nem sequer me conhece. O paulatino e sutil desligar do universo materno, com a presença do pai, é  necessário para a formação da identidade de qualquer pessoa . Entenda-se que a identidade de uma pessoa é  construída a partir da identificação com um aspeto, atributo ou características de outra pessoa  e, no processo de desenvolvimento infantil,  o cuidador do mesmo sexo está a serviço desta primeira identificação .  Na parentalidade adequada, além de base de  identificação , a função paterna estabelece os  limites necessários pa...
Mensagens recentes

A CRIANÇA FERIDA TORNA-SE O ADULTO FERIDO

Porque reages como reages? Talvez não te detenhas a perguntar-te, mas acredita que isso fará toda a diferença. Porque é que certas coisas te irritam tanto? Porque é que há momentos em que perdes o controlo? As tuas emoções não surgem do nada. Alguma vez te questionaste sobre o que as provoca? Sem dar-te conta, repetes o que aprendeste na tua infância…  A criança que nunca se sentiu escutada , como adulta levantará a voz sempre que sentir que a ignoram. Não é agressiva, apenas procura ser ouvida. A criança que foi castigada por chorar , como adulta ocultará as suas lágrimas sempre que sentir dor. Não é insensível, apenas aprendeu a esconder o que sente. A criança que cresceu sem receber afeto físico , como adulta evitará os abraços cada vez que o carinho se aproxime em demasia. Não é fria, apenas teme o que nunca conheceu. A criança que teve de ser forte para os outros , como adulta negar-se-á a pedir ajuda quando precise. Não é orgulhosa, apendas aprendeu que a vulnerabilidade não ...

OS CORPOS DEVEM ESTAR LOUCOS (DA RECONEXÃO COM A NOSSA 'CRIANÇA INTERIOR')

INTRO O consultório clínico é, cada vez mais, uma estufa de queixas dirigidas ao medo que a ordem social vem tendo do CORPO. É da ordem social desconfiar de tudo quanto nos aproxime da animalidade, do ingovernável, do vulnerabilizante, e da paixão sensorial. Se hoje somos muito 'cógito pensante' e muito pouco 'corpo' , é - pelo menos parcialmente - porque a sociedade nos quer 'máquinas' de produção. Entre as pressas e atropelos das tantas solicitações e responsabilidades externas (que vão desde o trabalho ao consumo desmedido das redes sociais), o tempo deve ser rentabilizado a favor da aquisição de aptidões e competências que apurem o nosso valor mercadológico. Sobra-nos pouco tempo (bolsas de oxigénio) para nós mesmos/as (se é que algum), e menos disposição para compreendermos e cuidarmos da nossa interioridade. Nessa interioridade, as emoções são percebidas como obstáculos à produtividade, levando a que sejam reprimidas e controladas. Quando uma pessoa 's...

COMO APOIAR O/A DOENTE DE CANCRO?

🎗️💗 COMO APOIAR O/A DOENTE DE CANCRO? 🎗️💗 | Quando se recebe um diagnóstico de cancro, o apoio e acolhimento de familiares e amigos é de grande importância. Não é incomum, porém, que estas pessoas nem sempre saibam exatamente como fazê-lo. Antes de mais, importa que compreenda os seus próprios sentimentos em relação à situação e esteja ciente de como as experiências do Outro podem afetar a forma como está a reagir. Ressalte-se que cada paciente lida com o seu diagnóstico de uma maneira específica, no entanto algumas dicas podem ajudá-lo/a, familiar e/ou amigo, a preparar-se melhor para este desafio. O que fazer? - Passe tempo com a pessoa; - Pergunte se ela gostaria de falar sobre a experiência; - Deixe-a decidir o quê e quanto partilhar; - Esteja disposto/as a falar sobre as experiências dela e a permitir que ela partilhe os seus medos; - Esteja disponível para conversar quantas vezes ela quiser; - Respeite se a pessoa precisar de espaço; - Fale sobre outras coisas além do diagnós...

"RECOMEÇAMOS?"

Não infrequentemente, as relações passam por turbulência - turbulência séria e assustadora. Mas isso não significa um prenúncio de fim. Muitas vezes, significa apenas que precisam de um reinício. No entanto, contra o amor e os anos de memórias em comum, apressamo-nos a render e a começar de novo com alguém diferente. Ao invés de procurarmos a 'chama' numa nova parceria, por que não voltar a acendê-la com a pessoa que melhor te conhece? É fácil pensar que o afastamento é a melhor solução - sobretudo numa época em que a nossa geração tende a abandonar a dinâmica relacional ao mais pequeno sinal de problemas, e a considerar as muitas outras opções disponíveis lá fora. No entanto, o crescimento real, a conexão real e o amor profundo surgem precisamente da superação conjunta desses momentos difíceis.     A pessoa emocionalmente madura sabe que, para reavivar uma relação, o compromisso e a mudança devem começar em si mesma. Aprendeu que estar bem com os outros significa primeir...

DE CUIDADORA A CUIDADA: ATREVES-TE?

Uma mulher que está alinhada com a sua energia feminina, e capaz de nutrir a sua 'criança interior' desde a autovalidação e segurança interna, sabe que procurar a aprovação, a validação e a atenção externas apenas a leva a distrair-se, a fugir de si mesma, e dos compromissos que tem para consigo, fazendo-a sentir-se vazia, esgotada e ressentida. As mulheres são educadas para se tornarem cuidadoras, devotas aos demais, nutrindo e atendendo os que as rodeiam, deixando de lado o autocuidado, o atenderem-se e honrarem-se a elas próprias primeiro.  A este nível, muitas das dificuldades enfrentadas em parceria não têm tanto que ver com a outra pessoa, mas sim com o ponto a partir do qual nos estamos a relacionar com ela. Hoje em dia, a mulher vive num estado absoluto de sobrevivência, com um foco excessivamente centrado na exterioridade, procurando a aprovação constante das suas parcerias, idealizando as pessoas que chegam à sua vida, confundindo amor com o desejo de serem necessitad...

TUDO SOBRE FERIDAS EMOCIONAIS DE INFÂNCIA

FERIDAS EMOCIONAIS DA INFÂNCIA: O QUE SÃO E COMO NOS IMPACTAM?  A Patrícia está sempre a comparar-se aos outros. Acha-se inútil e desinteressante. Tem pouca autoconfiança e uma muito baixa autoestima, desde adolescente. Vive refém do medo de ser abandonada, apega-se em demasia aos amigos e, principalmente, ao seu parceiro. A experiência de ciúmes é constante. Assume que qualquer outra mulher é muito mais bonita e mais cativante do que ela. Não descansa enquanto não souber o que o seu parceiro faz, controla-lhe o telemóvel, persegue-lhe as colegas de trabalho, e acompanha-o em todos os movimentos. " Faço isso para que ele não me troque por outra pessoa " justifica. Ansiedade, angústia, medo e desconfiança tomam conta da sua vida há muito tempo. Mas estas emoções são apenas a ponta do iceberg, e o sintoma de um problema maior, oculto abaixo da linha de água - ali, onde em terapia encontramos as suas  feridas emocionais . [Quando cais e te magoas, podes imediatamente ver a ferid...