Quando temos feridas emocionais por sarar, é fácil idealizarmos a quem nos magoou. A mente começa a dizer-te que essa pessoa era mais especial do que na verdade foi, que a relação teria sido perfeita se te tivesses esforçado 'um pouco mais'. E é aí que te esqueces de algo importante: de todo o esforço que fizeste para 'ser suficiente', todo o cansaço de tentares que te acolhesse alguém que nunca esteve realmente disponível para ti!
Deixa de romantizar o que, na verdade, te quebrou! Deixa de dizer-te a ti mesmo/a que perdeste algo valioso, quando o que perdeste foi uma luta constante para te encaixares numa parceria que nunca te viu por quem, na verdade, eras.
Sabe-se que a pessoa que cresceu num lar sem segurança emocional, tem maior tendência para idealizar uma ex-parceria com quem não se sentiu segura, ao invés de aceitar a realidade de quem essa pessoa foi. E por quê? Porque aceitar semelhante verdade, implicaria olhar em retrospetiva e reconhecer que esse padrão começou na infância, com as figuras que te deveríam ter protegido e acolhido.
E sim, dói. Não porque essa pessoa fosse 'o amor da tua vida', mas porque tocou uma ferida ainda mais antiga: a dessa criança interior que aprendeu que deveria esforçar-se para merecer amor. Essa criança que acredita ainda que ser suficiente significa deixar de ser ela própria.
Hoje podes começar a quebrar este padrão tóxico. Hoje podes recordar-te de que não precisas de mendigar o que deve nascer livre e espontaneamente. Se te não aceitarem nem acolherem, escolhe deixares tu próprio/a de continuares a esperá-los/as. O teu papel não é curar os demais, mas sim escolheres-te a ti e à tua dignidade maior. Para te tratares com o mesmo amor que necessitas e desejas.
Silencia o seu nome nas tuas redes sociais; deixa de verificar se te segue, se sente saudades, se retomou a sua vida relacional com outra pessoa. Não faças filmes com o que imaginas! Questiona tudo o que aconteceu para que te recordes da verdade: (1) Era mesmo amor? (2) Seria antes carência, dependência, ou medo? (3) Sentia-me mesmo seguro/a com ele/a? (4) Que futuro realmente prometia?
A tua história merece ser escrita desde o presente mais real, e não desde a idealização.
Se estás preparado/a para descobrir as ferramentas que te ajudarão a fechar ciclos defnitivos com as relações do teu passado, romper padrões tóxicos que te deixam em loop, para por fim te abrires a um novo amor saudável, parabéns: chegaste à CresSendo.
Sempre Aqui para ti.
Com estima,
Carlos Marinho
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